sábado

A bateria frita

Ontem fritei a bateria do meu leitorzinho de mp3, o tal onde ouvi os meus audibles, o tal que me fez tanta companhia e andou comigo de dia e de noite a estabelecer uma ligação entre mim e autores maravilhosos do mundo inteiro.
Fritou.
Pronto.

Fui saber de um modelo igual, a marca era Creative, tanto quanto sei lider de mercado nestas coisas em conjunto com os ipods da apple.
Eis senão quando, faliu. Caput. Não posso compreender. Tinham mil modelos de todas as cores, tamanhos e preços. De repente chego à worten e a prateleira tinha Phillips, tinha Sony, tinha mesmo uma marca chamada Golfinho! Mas nada de Creative.

Fui ver o site da creative e está vivo e de boa saúde, mas quando procurei modelos à venda na net tinham 6 modelos, segundo me disseram os funcionaários das lojas onde procurei, a Creative está a tentar acabar com o que ainda tem, mas não estão a fabricar mais.
...No site não diz nada disso, nem refere nenhum momento mais sombrio, bem pelo contrário... mas o meu modelo de leitor de mp3 esse é que não há em lado nenhum.

Assim, faço aqui uma homenagem póstuma ao meu leitorzinho, e palavra que estou chateada com isto, e gostava muito dele, porque tinha lá dentro horas e horas de horas de coisas que adorei ouvir, muitas das quais uma data de vezes, e aprendia sempre alguma coisa nova de cada vez que ouvia.

Então cá deixo as minhas memórias em discurso fúnebre:

- Antes eram os livros. Lia-os no metro, no comboio e no café. Chorava e ria e as prateleiras queixavam-se de eu me andar a esticar. Livros bons nunca abaixo dos 16€, a média nos 20€ e eu a precisar de óculos. Era uma renda empitosgante (empitosgante: acto ou efeito de empitosgar, que provoca o efeito de deixar pitosga).

- Foi então que apareceram os audibles, foi a Helena que mos trouxe do éter do desconhecimento e eu ouvi, gostei e fiz um primeiro download. Ganhei 3 livros pela inscrição.
No dia seguinte, fui passear no paredão, a olhar para o mar, lenço ao pescoço por causa do reumático, mas principalmente porque adoro lenços ao pescoço e lá fui.
Comecei pelo Wayne Dyer. Conhecia o Wayne Dyer da pergaminho.

Sem comentários:

Enviar um comentário