sexta-feira

A energia de acreditar

Não tenho compreendido o que se passa comigo nestes últimos dias.

Andei ali umas largas semanas a caír. Foi por isto e por aquilo, parecia que não me podia mexer e andava mesmo quebrada e a sentir-me a caír. Achei precoce sentir-me tão mal.. ainda faltava tanto tempo. Se já estava naquele estado quanto mais nas últimas semanas.
Fiquei pessimista, e o corpo estava pessimista também.
Dores, torcidelas de pé, contrações prematuras... inventou de tudo. Até hérnias de umbigo.
Paralizada, com ordens para descansar, eu sentia-me mesmo mal.


Estranhamente, agora, com mais peso, mais barriga, mais perto do final, acabo de chegar à semana 35 e estou com energia. Consigo respirar e respirar é vida, literalmente. Talvez uma respiração menos ofegante esteja a fazer este milagre.
De repente penduro cortinados, vou às compras, construo vedações... sinto que consigo fazer tudo, sinto que falta pouco e que sou capaz.
Estou com vontade de fazer as coisas e de ver tudo bonito e bom.


Suponho que houve uma frase que também teve importância. A minha obstetra da CUF disse-me que da semana 35 em diante, se a bebé nascesse não correria riscos. E isso animou-me. Animou-me porque agora ela já está formada, mexe-se com força e está pronta. Está só a engordar um bocadinho, a preparar-se para o Inverno de cá, do lado de fora da barriga da mãe.

Gostava que a bebé nascesse na semana 38. Gostava de marcar uma cesariana para o dia certo, aparecer à hora combinada, ter a possibilidade de organizar o dia da minha filha mais velha, de ter tudo pronto de forma a aproveitar muito e de forma especial e inesquecívelmente boa, este dia em que vai nascer a minha pequenina.

Será que vai poder ser assim?
Seja como fôr, que seja perfeito.

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