quinta-feira

O temos e o não temos. Carrinhos, alcofas e tarecada

O "necessário" para um bebé é um conceito cultural.
Um bebé pode ser preso por um pano às costas da mãe enquanto esta trabalha e se move e o mesmo pano poderá ser a cama em que dorme. Podem ferver-se biberons numa panela e podem nem ser necessários biberons.

A realidade da nossa vida é construída dentro do contexto que nos rodeia e as necessidades tornam-se necessidades até já não ser fácil discernir se o são ou não.

No tempo da minha avó o que sería "necessário"?
No tempo da minha mãe?
No meu?
No dos filhos dos meus filhos e netos...?

Enviei ao Álvaro três mails com tudo o que se apura dentro do nosso contexto social e cultural como "necessário" e posso dizer que foram mails extensos.
Retirei essa informação não de sites comerciais mas de sites sobre bebés e as suas "necessidades"
Depois fui buscar as imagens e os preços para esses objectos. E aí está uma boa coisa com que matar as nossas cabeças de pré-pais.

Ontem à noite a bebé na minha barriga pulava, pontapeava e estava tornada numa verdadeira atleta uterina!
A mão do Álvaro na minha barriga fez-me sentir que é mesmo verdade, é uma verdade partilhada, e que os dois sentimos como importante e inesquecível.
Que maravilha imaginar essa dança.
Depois foi a Mariana. Também pôs a mão na minha barriga, também sentiu e foi delicioso vê-la a tentar explicar por gestos o que tinha sentido e como imaginava que teríam sido os movimentos que provocaram aqueles saltos subitos na barriga.

De noite ainda foi assim.
As "necessidades" deste momento são as que sempre serão:
- alimento
- conforto
- segurança
e em enorme medida: - amor bom.

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