sexta-feira

Mudanças de casa, a ponte entre ninhos

Estou na casa nova, que de nova não tem nada, a não ser nós. Que somos novos aqui.
Estou sentada no computador que coloquei junto dos animais, para eles estranharem menos por estarem num ambiente completamente novo, mas comigo, que para eles sou a única coisa verdadeiramente familiar aqui. A chefe da matilha. O elemento securizante.

A minha filha está lá em cima. Construimos uma estante juntas e agora ela não quer que eu a veja a arrumar os brinquedos numa disposição que quer ser ela a atribuir e pensar.

Ainda não sei em que escola foi colocada. Fomos à escola principal daqui, com os cães pela trela, muito calor e alguma curiosidade. "Só lá para fins de Agosto.."

A gata mia porque quer sempre passar pela porta fechada, seja qual for. Nunca chega. Nunca é suficiente. Há sempre uma porta fechada e quando ela a encontra é precisamente aí que ela quer passar, mesmo que eu já lhe tenha aberto praticamente todas as portas. Quer explorar, mas também é uma velha obstinação que sempre lhe conheci.

Li um mail lindíssimo que o meu irmão me enviou que tinha um link para um filme do youtube que ele achou belíssimo e eu também acho. Fiquei aqui a choramingar porque me comovi. http://www.youtube.com/watch?v=Um9KsrH377A&feature=related

Estou a sentir-me bem agora. Foi um dia puxado para mim. Esforcei-me talvez um pouco mais do que devia. Apanhei muito calor, comi fora de horas, carreguei pesos e andei em stress. Quando não como e fico tensa começo a ser desagradável para as pessoas que me rodeiam e o que me irrita é ter tanta dificuldade em controlar isso. A minha filha tem paciência para mim, mas gostava de não ter estes acessos e conseguir separar um corpo que pede açucar de uma atitude sem sentido que chateia as outras pessoas.

Depois já não. Depois dormi um sono santo e curto... mas santo. Que me curou. O bebé na minha barriga certamente agradeceu, porque senti movimentos doces, diferentes do que sinto quando está agitado.

Está tudo lavadinho aqui. Estou contente porque ainda nenhum dos meus bichos optou por marcar território. Ainda se sentem num lugar de ninguém, acho eu.
Estou a fazer o meu melhor.

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